A LADY GAGA DOS ÚLTMOS MESES
As últimas vezes em
que Lady Gaga esteve ao palco com disposição e propósito de cantar mais de uma
ou duas músicas, foram no iTunes Festival e na festa chamada de ARTRAVE que
teve o propósito de divulgar seu último álbum chamado de ARTPOP que não
apresenta bons índices nos Estados Unidos e é rotulado por uma grande parte da
crítica e amantes da música como o maior FLOP de 2013. O álbum que foi lançado
aparentemente as pressas pela falta de paciência dos fãs que resultou em que
Gaga fosse feita de fantoche pela gravadora, a fez fazer abrir os olhos e ver
quem estava realmente do seu lado. Pode até parecer um pouco loucura da minha
parte. Mas toda a pressão sofrida por Lady Gaga durante o ano de 2013, sem
contar a cirurgia que ela teve que fazer as pressas e a obrigou cancelar a reta
final de sua turnê Born This Way Ball Tour. A fez mais forte e a tornou mais
interessante e artística do que já era, no meu ponto de vista. E o excesso de
detalhes que ela apresentava em suas performances e shows ainda estão lá, mais
detalhistas e significantes ainda. A Lady Gaga que temos hoje é uma outra. Mais
rara, mais poderosa, e sem tantos apetrechos. É uma Lady Gaga para pessoas
intelectuais e pacientes com a música,
pessoas que ainda sentem a música de um modo diferente. Enfim, Lady Gaga antes
era de todo mundo e agora é uma Lady Gaga para poucos.
O SHOW NO SXSW FESTIVAL
Anunciada como
atração principal do SXSW apenas uma semana antes do festival. Muitos fãs
ficaram surpreendidos com o anuncio e com a dúvida do que Lady Gaga faria no
palco. Imagens inúteis dela ensaiando só deixavam os fãs mais curiosos ainda.
Mas certeza todos poderiam ter de que seria alguma coisa completamente conceitual,
e assim foi.
Lady Gaga abriu o
show cantando a música “Aura” , a mesma que abre o seu álbum ARTPOP. A cantora
estava com as mãos e os pés amarrados em objeto que me lembrou bastante um
pau-de-Arara, usado bastante durante a época da ditadura utilizado para torturar
os aprendidos. E também me lembrou aqueles objetos bastantes utilizados no
sadomasoquismo.
Enquanto começava a
mistura de instrumentos que anunciava o início de “Aura”, um de seus mais
tradicionais dançarinos a beliscava com um alicate bastante utilizado por
profissionais que mexem com luz e fios elétricos. Isso talvez pudesse
significar exatamente o que a mídia, a gravadora e os haters estavam fazendo
com ela a bastante tempo. Logo no início, Gaga ainda mandou a música pop ir se “fufu”
o que deixou muitos satisfeitos e outros nem tanto. Com o termino da música.
Gaga parecia feliz mas demonstrava um tanto de ódio em seus olhos esbugalhados
e alucinantes. Apesar de ter anunciado a meses atrás que teria parado de usar
drogas eu tive quase certeza de que ela não estava pura durante o show. Mas
seja lá o que Gaga tivesse usado ou tomado tinha surgido um efeito sincero em
suas palavras, coisas de Lady Gaga. Imagine se fosse outra artista fazendo tudo
isso? Com certeza pareceria algo apelativo. Mas ela já foi rotulado como apelativa
e caçadora de atenção. Com o tempo todas essas acusações se perderam e as
pessoas colocaram e suas cabeças que tudo isso vindo de Lady Gaga já se tornou natural.
Um pouco depois Lady
Gaga começou a executar MaNiCURE e a
essência parecia a mesma com um pouco mais de euforia. Lembrou bastante os
antigos e lendários astros do rock que usavam os microfones com fios, sem
contar a camiseta que ela estava usando que ajudou ainda mais na mensagem que a
música passou. Logo depois, Gaga voltava a falar mais um pouco, e continuava a
passar impressão de que não estava sóbria. Em todas as aparições em que esteve
com esse semblante. Sempre Fo possível notar que ela não estava pura. Um
exemplo disso foi a presença dela no VMA 2011. Desde do início em que ela
entrou como seu alto ego Jo Calderone ,
ela parecia alucinada ou tentando se libertar de alguma coisa. Exagerando e
sendo ela ao mesmo tempo. RELEMBRE:
A festa ficou menos
pesada e mais divertida quando começou a tocar “Jewels & Drugs”. Revelo, que apesar da música não ter muito
destaque no álbum por ter que competir com outras muito mais fortes, é uma das
minhas preferidas quando estou feliz ou irritado também kkk. Parece que é a
hora de botar tudo pra fora.
Antes de anunciar que
cantaria Swine, Gaga parecia mais calma e mais perceptível do que estava
falando. Ou fosse hora de assumir uma postura mais atenciosa durante o show.
Talvez a parte mais polêmica do show tenha sido quando a artista Mille Brown,
famosa por vomitar tintas coloridas em quadros que são muito bem avaliados.
Vomitou na boca de Lady Gaga enquanto as duas estavam encima de algo parecido
com aqueles bois mecânicos de festas juninas. Alguns artistas ficaram
horrorizados com o acontecido. Alegando até que a cantora tivesse apelado, como
foi o caso de Demi Lovato, que ficou chateada por lembrar do período em que
sofria de bulimia. Mas é fato de que não foi isso que a artista tentou mostrar
no palco. Alguns fãs de ambas as artistas até tentaram criar algumas rebeliões
que não resultaram em nada. Já que opiniões foram feitas para serem diferentes
na maioria dos casos, porque não seria agora? E eu também entendi completamente
o lado da Demi. Depois de tudo que ela já sofreu, ver isso e não lembrar dos
piores momentos de sua vida com certeza deve não ter sido fácil.
Na hora em que Gaga
começou a passar as notas de Dope no piano eu fiquei alegre por saber que ela
iria executar uma música que é a minha quase preferida do álbum. Ela fez a
performance totalmente ao piano e sua voz estava ótima e do jeito que eu a
gosto de ouvir, sincera e tocando a alma. Ao acabar de executar Dope, sua voz
havia perdido toda a agressividade que a faz parecer drogada e alucinada. E que
ao mesmo tempo que eu gosto eu odeio.
Antes de anunciar seu
maior hit Bad Romance , Gaga e um
grupo fizeram uma mistura de instrumentos no palco. E Então surgiu Bad Romance num estilo meio country e
Texas. Me lembrou Rolling Stones. O que me deixou feliz foi que mesmo cantando
uma de suas músicas mais importantes de sua vida, ela não precisou usar tanta
roupa ou executar uma coreografia. Ela se mostrou confiante, consagrada e livre
de poder fazer qualquer coisa que lhe der na cabeça encima de um palco. Essa é
a Lady Gaga para poucos.
Por: Rael Sill
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